Texto e Intertexto sobre capítulo 4


A população negra acabou fortalecendo a ideia de liberdade no Brasil a partir do momento que abusou de tradições ou até de lutas aprendidas na África para resistir á escravidão. Processo marcado por relações sociais, acordos e conflitos.

Os escravos resistiam de inúmeras formas ao controle de seus senhores, entre elas estão a desobediência sistemática, lentidão na execução das tarefas e as famosas fugas. Fugir era o plano número um dos escravos, as constantes fugas botavam em xeque a autoridade do senhor, além de servirem como motivo para os mesmos, uma vez desafiados e prejudicados financeiramente, criarem acordos conforme os interesses dos negros.

Porém para alguns dos negros o desejo de liberdade batia mais forte e consequentemente se viam estimulados a não voltar aos seus engenhos, mas para isso precisavam de um abrigo e assim recorreram aos quilombos.

Os quilombos, denominação para grupos organizados de negros foragidos, foi sem dúvida o símbolo da resistência negra, principalmente o de palmares. O quilombo dos palmares foi o mais duradouro quilombo que gozava de difícil acesso e recursos naturais essenciais para a sobrevivência dos quilombolas. Se quilombos representavam resistência, Zumbi a liderança, o famoso quilombola liderou Muitos escravos em conflitos armados contra os brancos até o dia 20 de novembro de 1695, quando foi capturado e decapitado.

Para piorar a situação a independência do Haiti deixou os escravos brasileiros ainda mais incentivados a criar revoltas e lutar por seus direitos. Na Bahia, por exemplo, onde se encontrava os engenhos mais produtivos havia uma grande concentração de escravos o que causava uma preocupação sem escalas em como as comuns revoltas podiam abalar a produção açucareira.

O medo de revoltas passou a atingir a elite brasileira, que se viu obrigada a começar a pensar em um país sem escravidão e sem resistir às pressões, teve de decretar o fim do tráfico negreiro em 1850. Com esta mudança a maioria dos escravos passou a nascer no Brasil e a se tornar livre. Os escravos, uma vez libertos, passaram a defender o regime abolicionista em 1870 e 1880, com o objetivo de preservar sua cidadania.

A abolição da escravidão passou a ser defendida por praticamente toda população livre brasileira. As revoltas se intensificaram e o terror assolou o país até o dia 13 de maio de 1888 quando a princesa Isabel assina a lei Áurea e Põe um fim no regime escravista. Os dias imediatos ao 13 de maio foram de muita festa e de procura por cidadania e melhores condições de trabalho.

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