A população negra acabou
fortalecendo a ideia de liberdade no Brasil a partir do momento que abusou de
tradições ou até de lutas aprendidas na África para resistir á escravidão. Processo
marcado por relações sociais, acordos e conflitos.
Os escravos resistiam de inúmeras
formas ao controle de seus senhores, entre elas estão a desobediência
sistemática, lentidão na execução das tarefas e as famosas fugas. Fugir era o
plano número um dos escravos, as constantes fugas botavam em xeque a autoridade
do senhor, além de servirem como motivo para os mesmos, uma vez desafiados e
prejudicados financeiramente, criarem acordos conforme os interesses dos
negros.
Porém para alguns dos negros o
desejo de liberdade batia mais forte e consequentemente se viam estimulados a
não voltar aos seus engenhos, mas para isso precisavam de um abrigo e assim
recorreram aos quilombos.
Os quilombos, denominação para
grupos organizados de negros foragidos, foi sem dúvida o símbolo da resistência
negra, principalmente o de palmares. O quilombo dos palmares foi o mais
duradouro quilombo que gozava de difícil acesso e recursos naturais essenciais
para a sobrevivência dos quilombolas. Se quilombos representavam resistência,
Zumbi a liderança, o famoso quilombola liderou Muitos escravos em conflitos
armados contra os brancos até o dia 20 de novembro de 1695, quando foi
capturado e decapitado.
Para piorar a situação a
independência do Haiti deixou os escravos brasileiros ainda mais incentivados a
criar revoltas e lutar por seus direitos. Na Bahia, por exemplo, onde se
encontrava os engenhos mais produtivos havia uma grande concentração de
escravos o que causava uma preocupação sem escalas em como as comuns revoltas
podiam abalar a produção açucareira.
O medo de revoltas passou a
atingir a elite brasileira, que se viu obrigada a começar a pensar em um país
sem escravidão e sem resistir às pressões, teve de decretar o fim do tráfico
negreiro em 1850. Com esta mudança a maioria dos escravos passou a nascer no
Brasil e a se tornar livre. Os escravos, uma vez libertos, passaram a defender
o regime abolicionista em 1870 e 1880, com o objetivo de preservar sua
cidadania.
A abolição da escravidão passou a
ser defendida por praticamente toda população livre brasileira. As revoltas se
intensificaram e o terror assolou o país até o dia 13 de maio de 1888 quando a
princesa Isabel assina a lei Áurea e Põe um fim no regime escravista. Os dias
imediatos ao 13 de maio foram de muita festa e de procura por cidadania e
melhores condições de trabalho.
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